Os mistérios do mundo desde os primórdios da humanidade até os dias atuais fascinam os homens. Dilemas como: a dor da morte e a ânsia de continuar vivendo em outro mundo, assim como os problemas da vida e as enigmáticas transformações da natureza, sempre desafiaram a inteligência do ser humano.
Nessa perspectiva, na mitologia, o mito é conceituado como sendo uma narrativa histórica que aborda temas sobre a existência humana, as suas civilizações antigas e os mistérios que permeiam a humanidade desde a sua criação.
Dessa forma, pode se enfatizar que os mitos buscam suprir a nossa sede de conhecimento e a necessidade que temos de afeto, frente as nossas dificuldades de encarar a realidade e as adversidades da vida, pois este, procura explicar a origem da vida e toda a sua complexidade.
É necessário, a fim de que se compreenda de forma ainda mais nítida, trazer também o conceito de Mitologia, como um conjunto de narrativas como modo de pensamento, que recorre a uma integração grande do humano com a natureza onde cada árvore, cada solo, cada planeta é um ser; é um ser humanizado com intenções.
Esse modo de pensar mitológico foi tomado pelo modo racional na Grécia antiga, uma vez que, os antigos gregos foram especialmente preocupados com o pensamento e com a arte. Os gregos refletiram sobre os problemas eternos e procuraram explicá-los criando uma fantástica mitologia, ou seja, um mundo místico cheio de deuses e mitos, com todas as suas histórias e feitos.
Nesse contexto, a psicanálise procura entender a mitologia, esse modo de pensar, como correspondente a própria realidade subjetiva e eventualmente recorre a esses mitos para tentar entender as dinâmicas humanas. Sendo assim, para a psicanálise os mitos são o marco da humanidade, que podem ser considerados símbolos da cultura e também do caminho do inconsciente para o consciente, isto é, para a formação de uma consciência.
Logo, o mito dentro do contexto psicanalítico assume a posição de destaque, dada a sua tamanha importância para análise existencial do pensamento humano.
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Por: A. Santos
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